COM QUATRO NOVOS CASOS, MS CONTABILIZA 16 INFECÇÕES POR VARÍOLA DOS MACACOS

SAÚDE

Campo Grande, 22 de agosto 2022

Mato Grosso do Sul registrou quatro novas infecções por varíola dos macacos e contabiliza 16 casos positivos em todo Estado. Os dados boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), divulgados nesta segunda-feira (22), ainda conforme os dados outros 28 casos suspeitos seguem em investigação.

Campo Grande lidera a incidência de casos com 11 confirmações, na sequência aparece Dourados com dois casos, Itaquirai, Aparecida do Taboado e Costa Risca.

Dentre os novos casos confirmados três são de pacientes da Capital, com idades de 27, 31 e 47 anos. O quarto caso é de um paciente de 61 anos residente de Costa Rica. Todos os casos positivos foram registrados em homens.

Transmissão

A varíola dos macacos é transmitida pelo contato com a pessoa infectada, o vírus pode entrar no corpo pelo sistema respiratório, olhos, nariz, boca ou por lesões na pele. Apesar disso, a doença não se espalha facilmente.

Sintomas

Os sintomas se manifestam entre 5 e 21 dias e incluem febre alta e de início súbito, dor de cabeça e garganta, erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo podendo deixar cicatrizes visíveis na pele dos pacientes e inchaço dos gânglios nas regiões cervical, axilar e pélvica.

A coceira persistente e dolorida é outro sintoma e passa por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, até formar uma crosta.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclarece que assim que os sintomas são identificados, o paciente suspeito entra em isolamento total, podendo ser domiciliar, e só recebe alta após a cicatrização total de todas as feridas. O procedimento foi aplicado em todos os casos confirmados em Campo Grande.

Prevenção

Para prevenir o contágio, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda o uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos, e evitar o compartilhamento de itens pessoais, como lençóis, talheres, toalhas e roupas, medidas que também auxiliam na proteção contra a Covid-19.

Apesar de não ser considerada uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um alerta para que homens que se relacionam sexualmente com outros homens reduzam o número de parceiros. A medida foi aconselhada após ser identificado que grande parte dos casos notificados de varíola dos macacos são de homens gays ou bissexuais.

Mudança de nome

Em parceria com especialistas, a OMS (Organização Mundial da Saúde) avalia mudar o nome da varíola dos macacos. A medida é analisada após mais de 30 cientistas se manifestarem sobre a necessidade urgente de adotar um nome que não seja discriminatório ou estigmatizante. Além disso, a associação da doença aos macacos colocam em risco a vida desses animais, que apesar do nome não são transmissores da varíola.

Fonte: oestadoonline.com.br