CDL REPUDIA GREVE DOS MOTORISTAS DE ÔNIBUS: “TRABALHADORES PARECEM ESTAR SENDO USADOS”

CAPITAL

Campo Grande, 21 de junho 2022

Greve dos motoristas de ônibus foi decidida pelo sindicato da categoria, diante da perspectiva de atraso no vale alimentação

A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande) divulgou nota de repúdio contra a greve do transporte coletivo em Campo Grande. A paralisação deve impactar o setor, uma vez que muitos comerciários dependem de ônibus para chegar ao trabalho. “A CDL Campo Grande repudia veementemente este movimento que perde a sua legitimidade quando não cumpre os requisitos básicos e, ao invés de atingir os empregadores, prejudica quem sustenta o transporte público campo-grandense, que é o nosso varejo”, diz a nota.

A greve dos motoristas de ônibus em Campo Grande teve como motivação o atraso no pagamento do vale que representa 40% do salário dos trabalhadores. Responsável por explorar o transporte coletivo da Capital, o Consórcio Guaicurus comunicou aos funcionários sobre o não pagamento do vale na tarde desta segunda (20). 

Na manhã desta terça-feira (30), os terminais amanheceram fechados e os motoristas, que foram iniciar o expediente nas garagens das empresas que operam o transporte coletivo, foram dispensados do trabalho.  “Ao ouvirmos declarações de que “mesmo que se pague, hoje não tem ônibus” percebe-se que, infelizmente, os trabalhadores parecem estar sendo usados como massa de manobra, prossegue a nota da CDL.

Com a greve nos ônibus, os comércios de Campo Grande abriram as lojas com funcionários chegando atrasados. Sem transporte coletivo, o fluxo de carros de aplicativos foi intenso durante a manhã na região central de Campo Grande, deixando vários funcionários nos locais de trabalho. O comércio sentiu o impacto, abrindo as portas sem o número total dos trabalhadores que dependem de ônibus.

Greve dos motoristas de ônibus

A greve dos motoristas de ônibus em Campo Grande teve como motivação o atraso no pagamento do vale que representa 40% do salário dos trabalhadores. Responsável por explorar o transporte coletivo da Capital, o Consórcio Guaicurus comunicou aos funcionários sobre o não pagamento do vale na tarde desta segunda (20).

O fechamento das garagens, no entanto, foi deliberado pela direção do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande) na noite desta segunda, sem realização de assembleia. Demétrio Freitas, presidente do sindicato, disse ao Jornal Midiamax que a situação “chegou no limite” e que as garagens não serão abertas nesta terça. Já a Prefeitura de Campo Grande avalia a legalidade da greve dos motoristas de ônibus do Consórcio Guaicurus.

Confira a nota na íntegra: 

Greve do transporte coletivo: mais uma vez, é o varejo quem paga a conta

O varejo campo-grandense amanheceu nesta terça-feira com uma greve do transporte coletivo sem qualquer aviso prévio, prejudicando milhares de trabalhadores, estudantes e usuários que foram pegos de surpresa nos pontos e terminais.

A CDL Campo Grande repudia veementemente este movimento que perde a sua legitimidade quando não cumpre os requisitos básicos e, ao invés de atingir os empregadores, prejudica quem sustenta o transporte público campo-grandense, que é o nosso varejo.

Em ano de eleição, onde as posições eleitoreiras se sobrepõem ao bom senso e até mesmo aos ritos legais, não há como não pensarmos que este suposto movimento grevista tem o objetivo de atingir candidatos, administrações e não a garantir direitos trabalhistas.

Ao ouvirmos declarações de que “mesmo que se pague, hoje não tem ônibus” percebe-se que, infelizmente, os trabalhadores parecem estar sendo usados como massa de manobra. Se o atual detentor da concessão de transporte público coletivo da Capital não dá conta de cumprir com suas obrigações, então que abra mão, que saia, que devolva à Prefeitura, mas não use trabalhadores para pressionar de forma imoral, e até mesmo ilegal, causando prejuízos a quem cumpre corretamente com sua parte, que são os usuários.

Os direitos dos trabalhadores precisam ser respeitados, mas também os direitos da população de ir e vir, de ter o transporte coletivo com a qualidade necessária, por isso a CDL Campo Grande solicita às autoridades, tanto do executivo, quanto do legislativo e judiciário que façam algo para proteger os cidadãos.

Fonte: MIDIAMAX