Campo Grande, 02 de maio de 2025
A situação das ruas de Campo Grande, especialmente no que diz respeito aos buracos que se espalham por toda a cidade, tem se tornado um verdadeiro reflexo da ineficiência e da falta de planejamento da gestão municipal. Na última terça-feira (29), o vereador Flávio Cabo Almi, em reunião com secretários municipais e outros vereadores, cobrou providências urgentes para um problema que, ao invés de ser resolvido, parece se agravar a cada dia.
A fala do parlamentar é direta e reflete o desespero da população: “São buracos por toda parte e um descaso com a população que não dá mais para tolerar”. É impossível não perceber que, apesar das constantes cobranças e das inúmeras indicações apresentadas, o problema persiste, e o atendimento às necessidades da população parece ser mais uma promessa vazia do que uma ação concreta.
O que chama a atenção na fala do secretário municipal de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, é a justificativa de que o problema não é financeiro. O que isso significa, na prática, é que a prefeitura tem recursos disponíveis, mas não está conseguindo utilizá-los de forma eficiente e eficaz. Em vez disso, os moradores continuam convivendo com um cenário de destruição nas vias públicas, com o agravante de que as chuvas, que são apontadas como entraves para o andamento das obras, se tornam uma desculpa esfarrapada para a falta de ação.
A proposta de usar a “bica-corrida” — um material que pode ser aplicado mesmo com chuva — parece uma solução paliativa, mais uma tentativa de driblar a falta de planejamento do que uma medida definitiva. O mais alarmante é o fato de que esse tipo de medida está sendo tratada como emergência. Não deveria ser a exceção, mas a regra, a aplicação de soluções mais rápidas e eficazes para garantir que os cidadãos não precisem mais se arriscar nas ruas esburacadas.
O vereador Flávio Cabo Almi tem se posicionado como um defensor incansável dos interesses da população, mas o que é necessário agora é mais do que simples cobranças: é a implementação de estratégias de longo prazo, como o recapeamento eficiente das vias e um planejamento robusto para a manutenção contínua das ruas da cidade. É inaceitável que o discurso político se limite a promessas e justificativas que nunca saem do papel.
A cidade de Campo Grande não pode continuar a ser refém de um descaso administrativo que coloca em risco a segurança e a qualidade de vida dos seus habitantes. A população não quer mais ouvir promessas, ela quer soluções. E, por enquanto, o que se vê é uma gestão que ainda parece não entender a urgência da situação.
