Campo Grande, 01 de abril 2022
Nesta sexta-feira (01), a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) apresentou um balanço das ações realizadas nos últimos cinco anos, além do planejamento até 2024 em evento marcado pela assinatura de convênios e termos de cooperação. A solenidade aconteceu no parque Ayrton Senna, no Bairro Aero Rancho, e contou com a presença da secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite, parlamentares, secretários municipais, representantes de diversas instituições parceiras, Conselho Municipal de Saúde e servidores da Sesau.
O prefeito Marquinhos Trad enalteceu o trabalho dos profissionais de saúde e destacou o compromisso da gestão na melhoria da qualidade da assistência prestada à população campo-grandense.
“Nós tivemos muitos avanços nestes últimos anos e os servidores da saúde foram fundamentais para que estas ações pudessem ser realizadas. Com planejamento e recursos já assegurados, o nosso Município vai continuar avançando cada vez mais e sendo referência nacional em saúde”, destacou.
Conforme as projeções apresentadas pelo secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, há recursos assegurados para a construção e reforma de unidades, investimentos em tecnologia e na expansão e consolidação de serviços voltados à melhoria da qualidade da assistência prestada à população.
A previsão é de que ainda no primeiro semestre deste ano, Campo Grande passe a contar com mais uma nova unidade de saúde, no Jardim Santa Emília. As obras foram retomadas já estão em fase final.
“É uma unidade aguardada há mais de 20 anos pelos moradores da região e que vai beneficiar mais de 15 mil pessoas com atendimento de qualidade”, destaca.
A construção de outras duas unidades, no Jardim Presidente e Perdizes, devem ser iniciadas ainda este ano. No planejamento até 2024 estão previstas a construção de novas unidades no Jockey Clube e Jardim Parati.
Um novo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para atendimento de dependentes de álcool e drogas também deverá ser inaugurado até abril. O projeto já foi aprovado pelo Ministério da Saúde e as adequações do espaço que vai abrigar a nova unidade devem ser iniciadas em breve.
Estão previstas ainda a reforma e revitalização de ao menos 20 unidades de saúde, incluindo as seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os quatros Centros Regionais de Saúde (Sesau), além do Centro de Especialidades Médicas (CEM).
Tecnologia
O Município vai investir aproximadamente mais de R$20 milhões na compra de equipamentos e reestruturação de toda a rede de informática da Saúde.
“Estamos trabalhando com o objetivo de melhorar a saúde da população e o investimento em equipamentos e na rede tecnológica é muito importante, pois contribui na melhoria dos fluxos de trabalho e processo internos. É um grande avanço que trará muitos benefícios, sobretudo no trabalho da Atenção Primária”, comenta o secretário.
Os recursos devem ser empregados na renovação e aquisição de novos equipamentos de utilização direta dos servidores, como computadores e tablets a serem destinados aos agentes de saúde, assim como na reestruturação da rede tecnológica das unidades de saúde.
Formação e fortalecimento da Atenção Primária
O convênio com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde para o fortalecimento da Atenção Primária foi renovado até 2024. Isso vai assegurar a continuidade na formação de novos profissionais que irão auxiliar no atendimento da população, além de trazer melhorias para as unidades de saúde. O projeto também será expandido para mais três unidade de saúde: USF Paulo Coelho, USF Serradinho e USF Santa Emília.
É uma conquista para a nossa cidade. Hoje o trabalho desenvolvido na Atenção Primária em Campo Grande é reconhecido nacionalmente. Através da manutenção deste convênio será possível avançar ainda mais”, destaca o secretário José Mauro Filho.
Através da implantação do Laboratório de Inovação da Atenção Primária (INOVAAPS) foi possível garantir conquistas importantes para o Município. O projeto foi elogiado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que se mostrou interessado em expandir o modelo para outros municípios do País.
Campo Grande saltou de 33% (27ª capital) para 75% (8ª capital) em Atenção Primária, graças aos investimentos e implementação de ações estratégicas, como as maiores residências médica e multiprofissional de saúde de família do país. Os processos atraíram mais de 800 candidatos de 26 estados.
A Capital passou a contar ainda com o primeiro Programa Municipal de Teleinterconsulta de Mato Grosso do Sul, que já está em funcionamento na unidade de saúde da Moreninha e deve ser ampliado para todas as unidades da Atenção Primária. O objetivo é facilitar o acesso da população a um atendimento especializado e contribuir para desafogar a fila de espera.
Assinaturas
Durante o evento foram realizadas as assinaturas de convênios, termos de cooperação mútuas e contratos que asseguram a ampliação de serviços e aquisição de equipamentos.
Avanços
Nos últimos cinco anos, nove novas unidades de saúde foram inauguradas em Campo Grande nos bairros: Sírio Libanês, Vila Cox, Oliveira, Azaléia, Dom Antônio Barbosa, Zé Pereira, Cristo Redentor, Arnaldo Estevão Figueiredo e Aero Rancho Granja, entregue em 2021, além de três Clínicas da Família nos bairros Nova Lima, Portal Caiobá e Iracy Coelho. Outras 30 unidades foram ampliadas e reformadas.
Atualmente, o Município conta com 72 unidades básicas e de saúde da família e a oitava maior cobertura de saúde da família entre as capitais.
O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) ganhou uma nova central de regulação e teve 100% de sua frota renovada, além do reforço de duas motolâncias. Foram feitas reformas e construção de novas bases descentralizadas.
Nos últimos dois anos, mais de 1.400 novos profissionais de saúde aprovados em concurso foram convocados, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas, farmacêuticos, administrativos, entre outros, superando as 633 previstas no edital.
O Município conseguiu a habilitação no Ministério da Saúde de diversos serviços, desde a Atenção Básica à Especializada, assegurando um aporte anual de R$60 milhões.
“É um recurso que sairia dos nossos cofres e, consequentemente, deixaria de ser investido em outras necessidades”, diz José Mauro Filho.
Outras frentes importantes, como o enfrentamento ao mosquito Aedes aegypty, também avançaram. Campo Grande é uma das cinco cidades do País escolhidas para integrar um projeto executado em parceria com a Fiocruz, a Word Mosquito Program (WMP) e o Ministério da Saúde, que utiliza a ciência como aliada no combate a dengue, zika e chikungunya.
Na Capital, o projeto “Wolbachia” já está em sua quarta fase de liberação de mosquitos com a bactéria de mesmo nome, capaz de inibir a transmissão destas doenças. Na natureza, os chamados “Wolbitos”, se reproduzem com os mosquitos selvagens criando uma população de mosquitos incapazes de transmitir a dengue, zika e a chikungunya, contribuindo assim para o controle destas doenças.
Na contramão de outras capitais e do Estado, Campo Grande registrou redução recorde nos casos de dengue, se comparado com os últimos quatro anos. Os índices atuais são considerados satisfatórios. O resultado é reflexo das ações desenvolvidas pelo Município mesmo durante o período de pandemia.
Referência
A capital Sul-mato-grossense se destaca também por ter a maior cobertura vacinal do país e pelas ações de enfrentamento à Covid-19. Tais avanços fizeram com que Campo Grande fosse escolhida para sediar o maior evento de ações de saúde pública do País, o congresso do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conasems). O encontro que acontece em julho deve reunir mais de 5 mil gestores em saúde de todo o Brasil.
Fonte: CG Notícias