PRESIDENTE DA CAMARA MARCA POSIÇÃO PARA 2022; ‘ESTOU 99,9% COM O MARQUINHOS’

CAPITAL

Campo Grande, 12 de abril 2022

Em entrevista ao Jornal das Sete desta terça-feira, o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Carlão (Carlos Augusto Borges) do PSB, falou sobre o trabalho da casa de leis em 2022, troca na prefeitura, articulações políticas para este ano eleitoral e a possibilidade de se candidatar a deputado federal. Independente da chapa que o partido construa para a disputa de outubro, Carlão foi categórico e cravou posição em relação ao governo do estado, “estou 99,9% próximo ao Marquinhos Trad”.

Convenção municipal do PSB em fevereiro de 2022, com a presença de Marquinhos Trad, Carlão e Ricardo Ayache (Foto: Divulgação)
A afirmação do presidente da Câmara faz parte do alinhamento político de anos que ele e o ex-prefeito de Campo Grande construíram na vida pública. Para Carlão não faz sentido uma mudança agora.

“Ainda não falei com o Ricardo Ayache. O que eu tenho visto é que filiaram o Paulo Duarte, que disse que só se filiaria a um partido que estivesse alinhado com o candidato Riedel, a mídia deu a entender que o PSB está bem alinhado com o Riedel. Não conversei com o Ricardo Ayache – é meu amigo – tenho um carinho muito grande por ele, mas o grupo Carlão – do comunitário de Campo Grande – não vai perseguir esta linha não. O presidente municipal do partido respeita a estadual, respeita a nacional, mas eu não vou sair de onde eu estou. Ele está bem próximo ao Riedel e eu estou 99,9% próximo ao Marquinhos Trad. Não sou de virar as costas pra quem me ajudou e não sou traíra. Eu sou um cara leal aos meus princípios, então eu estou bem alinhado com o Marquinhos Trad e ele com certeza será um candidato muito forte”.

O posicionamento de Carlão coloca em xeque a possibilidade de sua candidatura ao cargo de deputado federal.

“Vai depender do partido. Eu me coloquei à disposição para disputar a deputado federal. Se o partido passar aquela linha eu não tenho como sair candidato, primeiro que eu não vou ser candidato numa outra linha que eu estava”.

Sobre o nome de Ayache ter sido citado por Marquinhos Trad (PSD) como vice em sua chapa, esta é uma situação que, de acordo com Carlão, nunca foi confirmada pelo presidente estadual do PSB. Mas que de fato essa era uma expectativa de Trad.

Além de vereador e presidente da Câmara, este ano Carlão, se tornou o primeiro substituto da prefeita Adriane Lopes. Isso porque o presidente do Legislativo municipal é o sucessor natural da prefeita em caso de ausência ou vacância do cargo. Sobre a possibilidade de conflito de interesse no exercício do cargo, já que o Legislativo fiscaliza os atos do Executivo, Carlão explicou que isso não deve acontecer, porque para todos os efeitos, Campo Grande não tem vice-prefeito. Ele só assume o Executivo em situações extraordinárias.

“Hoje Campo Grande não tem vice-prefeito. A vice-prefeita assumiu o cargo. Na vacância do cargo de prefeito, eu sou o terceiro na linha sucessória, antigamente era o procurador-geral do município, com a mudança da lei orgânica, na ausência do prefeito e do vice, assume o presidente da Câmara. Como o prefeito renunciou, assume a vice e se ela precisar viajar, assume o presidente da Câmara, então não tem vice-prefeito na prática”.

Nesta segunda-feira (11), Adriane Lopes visitou a Câmara. Para Carlão a atitude da prefeita é um sinal amigável na construção de uma base de sustentação, para que ela possa governar com tranquilidade e tenha apoio nos projetos que venham a ser desenvolvidos para atender a sociedade. Apesar do gesto de boa vontade, Carlão deixou claro que só vai apoiar aquilo que for importante para a população, do contrário vai votar contra. Ainda se colocando como aliado da boa gestão e da prefeita, ele ressaltou a vontade dos vereadores em contribuir com a nova administração. “O mais importante é que todos os vereadores querem ajudá-la a cuidar da cidade”.

No trabalho da Câmara, Carlão confirmou que vai continuar com as sessões comunitárias mesmo em ano eleitoral.

“Vamos voltar com as sessões comunitárias uma vez ao mês, porque é um ano eleitoral, é um ano que tem mais trabalho externo. Se não fosse ano eleitoral, faríamos uma sessão comunitária por semana. Mas vamos voltar aos poucos, a próxima é na vila Nasser, vamos levar a Câmara próxima ao povo.

Fonte: Entrevista concedida a radio FM UCDB