Campo Grande, 04 de maio de 2024
O deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) empenhou uma emenda no valor de R$ 6,5 milhões para apoiar as instituições hospitalares de Campo Grande que enfrentam uma situação emergencial devido à síndrome respiratória aguda grave. O recurso será destinado à Secretaria de Estado de Saúde, que fará o repasse para as instituições.
Essa iniciativa busca otimizar os atendimentos prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em instituições como a Santa Casa de Campo Grande, São Julião, Adventista Pênfigo, Apae, Juliano Varela e a maternidade Cândido Mariano.
Beto Pereira ressalta a relevância desses recursos para aprimorar a assistência hospitalar na capital, sobretudo em um momento desafiador no qual se evidencia o mau uso dos recursos públicos, refletindo negativamente na saúde do município como um todo.
“Destinamos R$ 6,5 milhões para o governo do Estado com o objetivo de ampliar a assistência hospitalar em nossa Capital. Esta iniciativa é fundamental em um momento muito delicado para Campo Grande, onde não apenas a escassez de recursos é um problema, mas também os desafios na gestão dos hospitais”, salienta.
O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, destacou a importância desse apoio financeiro diante da situação emergencial na assistência hospitalar de Campo Grande, ressaltando o aumento na demanda por atendimentos nas unidades de saúde e hospitais.
“Estamos observando um aumento significativo na busca por atendimentos não só nas unidades de saúde, mas também nos hospitais”, destacou a urgência de lidar com o avanço da gripe em Campo Grande e em Mato Grosso do Sul.
A preocupação com o avanço da gripe na região é evidente, sobretudo diante do aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), conforme destacado no boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A situação de calamidade na saúde da Capital atinge Mato Grosso do Sul, que figura entre os estados com um relevante crescimento de casos de SRAG a longo prazo, sendo que em Campo Grande foram registrados mais de 1.000 casos da doença, juntamente com um incremento recente no número de óbitos. Conforme revelado pelo infográfico da Fiocruz, tanto a capital quanto o estado apresentam uma elevada probabilidade de disseminação contínua do vírus a longo prazo.
Decreto de urgência
O início do decreto de 90 dias traz à tona a grave situação de calamidade na saúde em Campo Grande, que não só é alarmante, mas revela inequivocamente a completa incapacidade e despreparo das autoridades para lidar com uma crise que persiste há tempos.
A medida de estado de emergência, decretada pela Prefeitura, é meramente uma solução paliativa que não consegue de forma alguma abordar os problemas crônicos e estruturais do sistema de saúde local.
Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a superlotação e o acúmulo de casos persistem, envolvendo desde afecções respiratórias até outras emergências, como no caso da dengue.
A parte mais vulnerável da população, que depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS), enfrenta um descaso de proporções inaceitáveis. Crianças, idosos e grávidas estão desassistidos e são as principais vítimas dessa tragédia previsível. O registro de cinco mortes por gripe em um único mês é um claro reflexo da negligência e incompetência das autoridades em fornecer um atendimento de saúde minimamente digno à população.