Campo Grande, 21 de março 2022
Marital Schimidt tem 61 anos e, desde os quatro é surda devido à sequelas recorrente a uma meningite. Há quatro anos, também foi diagnosticada com diabetes e, por conta da doença, sempre ocorrem calosidades nos pés, gerando fissuras que causam muitas dores. Ela foi uma das 30 pessoas atendidas nesse sábado (19) pelo Podoação, atividade da Secretaria Municipal de Governo (Segov), por meio da Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos (SDHU), realizada na UBSF do Jardim Itamaracá, em parceria com o Consultório Fernanda Bittencourt, Fran Carneiro Podologia e Estética, além de outras 12 podólogas voluntárias.
Com um procedimento realizado por uma podóloga experiente e profissionalizada, houve a retirada dessa calosidade e assim, o alívio imediato da dor que Marital sentia. “Fiz o procedimento de raspagem do calo, que é muito comum no tratamento das calosidades plantares, mas obviamente isso deve ser feito por um podólogo, pois ele saberá o quanto é possível raspar da área afetada, sem ferir o pé do paciente”, explica a podóloga Adrielly Souza.
Fernanda Bittencourt explica que muitas pessoas ainda confundem a podologia com um tipo de serviço de pedicure melhorado. “Nosso trabalho não é somente uma questão de higiene ou embelezamento. Nós realizamos prevenções e tratamentos patológicos, tais como úlceras plantares, unha encravada, calosidades e perfurações que, em pessoas diabéticas, por exemplo, podem levar até a amputação do membro”, aponta a podóloga.
Para o subsecretário da SDHU, Amadeu Borges, a ação só é possível graças à disponibilização dos podólogos que vão às comunidades da Capital e também pela parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), que doa os insumos para os profissionais realizarem o trabalho.
“Tenho admiração pelos podólogos que estão na luta pelo reconhecimento de sua profissão, por ser uma questão de saúde pública. Acho incrível eles se disponibilizarem para vir atender pessoas que, muitas vezes não teriam nenhuma possibilidade de conhecer esse serviço de saúde, tampouco poder pagar por ele. Parabenizo esses voluntários e também a equipe da SDHU, por ter organizado e realizado esse trabalho em comunidades da nossa Capital”, aponta Amadeu.
A ação logo deve ser ofertada em outras regiões de Campo Grande, com calendário ainda a ser divulgado e com inscrições pré-agendadas com atendimentos limitados. A ação integra o Projeto Reviva Mais Campo Grande, da Prefeitura Municipal, por meio dos Direitos Humanos e Saúde.
Em 2021, a SDHU promoveu cinco ações em Campo Grande, onde foram 136 pessoas atendidas de graça, distribuídas entre as Comunidades Terapêuticas Jaboque e Esquadrão da Vida, Comunidade Quilombola Tia Eva, Direitos Humanos em Ação – no Jardim Noroeste e no Consultório Fernanda Bittencourt – com a Comunidade LGBT.
Fonte: CG Notícias
