PREFEITURA RETOMA ATIVIDADES PRESENCIAIS NOS CRAS E CENTROS DE CONVIVÊNCIA

CAPITAL

Campo Grande, 02 de agosto de 2021

O secretário municipal de Assistência Social, José Mário Antunes da Silva esteve no Cras do Jardim Aeroporto para acompanhar a retomada das ações e ressaltou a importância de oferecer as atividades presenciais

As atividades presenciais do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) em 27 unidades de Centros de Referência em Assistência Social (Cras), Centros de Convivência e Centros de Convivência do Idoso foram retomadas nesta segunda-feira (2). As ações mantêm o foco em atividades que priorizam o distanciamento social e o uso individual de materiais.

Para garantir a segurança de crianças, adolescentes e idosos atendidos pelo serviço, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), optou pelo atendimento híbrido, mantendo também a modalidade remota do serviço, implementada no início do ano passado. As salas destinadas à realização das atividades também estão funcionando com apenas 30% da capacidade. Além disso, em todas as unidades há o cumprimento rigoroso dos protocolos de biossegurança com a higienização dos ambientes, mesas e cadeiras a cada troca de turma.

O secretário municipal de Assistência Social, José Mário Antunes da Silva esteve no Cras do Jardim Aeroporto para acompanhar a retomada das ações e ressaltou a importância de oferecer as atividades presenciais.

“Trabalhamos em parceria com o calendário escolar da Rede Municipal de Educação, por isso essa acolhida é necessária nesse momento, para que as crianças possam realizar atividades fora do horário escolar. Também há o fato de que nossas unidades estão localizadas nas regiões mais carentes da Capital e com as atividades presenciais podemos cuidar melhor dessa população que participa do serviço”, pontuou.

A retomada das atividades tem como base um plano elaborado por profissionais da Rede de Proteção Social Básica, mas que teve a participação de coordenadores e técnicos que atuam nas unidades, respeitando a realidade de cada local. Apesar das particularidades de cada espaço, a readequação das atividades está sendo adotada em todas as unidades.

A nova rotina vem sendo construída a partir da criatividade de professores, facilitadores e educadores sociais. Durante as atividades externas e em sala de aula, não há mais o compartilhamento de objetos nem de material pedagógico. Aglomeração e contatos físicos como abraços foram trocados por novas formas de cumprimento, que também valorizam a afetividade.

“É um aprendizado. Todos os dias vamos estudar com a equipe técnica uma nova maneira de aplicar as atividades. A proposta do serviço de fortalecimento de vínculos é a socialização, o compartilhar, mas estamos reinventando as ações para que essa mensagem não seja perdida. Também explicamos que é apenas uma fase e que logo voltaremos com a rotina normal”, ressaltou a coordenadora do Cras do bairro Zé Pereira, Rita Elaine Monteiro Andrade Bitencourt.

As mudanças começam já na acolhida. No Cras Aero Rancho, por exemplo, os técnicos adotaram quatro tipos de cumprimentos lúdicos. Ao chegar na unidade, a criança escolhe entre um toque de pés, de cotovelos, aceno à distância ou a junção das mãos como no ato de orar e executa um deles com o Educador Social.

Já nos Centros de Convivência, os profissionais estão atualizando os cadastros e fazendo a inscrição dos interessados em retomar as atividades.

Ansiedade e segurança

A modalidade remota garante um contato, mesmo que à distância, entre os responsáveis pelo envio das atividades on-line e usuários do SCFV, mas na opinião da aluna Natália Carvalho de Souza, 13 anos, que frequenta o Cras do bairro Zé Pereira, apenas o convívio presencial ameniza a saudade. “Estava muito ansiosa para retornar e com saudades dos meus amigos e do pessoal do Cras. Eles são muito carinhosos e eu já estava me sentindo muito sozinha”, frisou.

Para a operadora de loja Renata dos Santos Cruz, mãe da aluna Jéssica Cristina, 10 anos, também frequentadora do SCFV no Cras Zé Pereira, o plano de biossegurança das unidades foi o que motivou a permissão para a filha retomar as atividades no Cras. “Acompanhei a organização dos ambientes e vejo o cuidado que a Prefeitura está tendo com a saúde de todos. Minha filha estava louca para voltar e me sinto segura vendo esse ambiente preparado”, destacou.

A saudade do convívio presencial também é compartilhada pelos profissionais das unidades. O Facilitador Social de Capoeira do Cras do Jardim Aeroporto, Wesley Miranda de Souza está animado com o retorno das atividades. “Atividade remota é bom, mas aqui com eles rende mais porque é possível compreender melhor as tarefas. Aos poucos todos vamos nos acostumando a essa nova realidade”, concluiu.

Fonte: CG Notícias