Campo Grande, 20 de setembro 2024
O deputado federal e candidato à Prefeitura de Campo Grande, Beto Pereira (PSDB), anunciou planos para a criação de um novo polo empresarial próximo à região das Moreninhas.
A proposta integra uma série de iniciativas para alavancar a indústria e corrigir o que o candidato chama de “descompasso” entre o crescimento do Estado e da Capital.
“O Mato Grosso do Sul cresceu cerca de 30% nos últimos 10 anos, enquanto Campo Grande diminuiu 1,59% no mesmo período. Há algo errado, e precisamos enfrentar isso, começando pelos polos industriais”, afirmou Pereira, em reunião com empresários da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (FIEMS), na terça-feira (19).
O candidato destacou que o novo polo nas Moreninhas teria uma localização estratégica, próxima a áreas residenciais, o que facilitaria o acesso da mão de obra local e reduziria o tempo de deslocamento dos trabalhadores.
Infraestrutura nos polos industriais existentes
Durante o evento, Beto também apresentou seu diagnóstico sobre os polos empresariais já existentes na Capital com propostas de melhorias estruturais. No Polo Empresarial Norte, a infraestrutura de asfalto e drenagem já está concluída na maioria, com obras de ligação ao Anel Viário financiadas pelo Fundersul. Porém, é necessário expandir a área do polo para oferecer novas oportunidades de investimento.
Já o Polo Oeste enfrenta desafios mais complexos, segundo o deputado. Parte da infraestrutura básica, como drenagem e pavimentação, continua incompleta. Além disso, há áreas que foram doadas, mas cujas metas não foram cumpridas, e essas precisam ser revertidas ao município. Beto propôs um novo modelo de licenciamento ambiental simplificado para agilizar a ocupação e expansão desses polos.
Creches nos polos industriais: solução para famílias e indústria
Em outro ponto de sua proposta, o deputado destacou a criação de um “núcleo de infraestrutura” nos polos empresariais, em parceria com o Sistema S e a FIEMS. A proposta prevê a construção de creches dentro dos polos industriais, financiadas em parte por empresários e pelo poder público. A medida é vista como uma forma de atrair trabalhadores e facilitar a rotina das famílias.
“Vamos fazer uma creche em conjunto com os empresários e o Município, oferecendo às famílias um diferencial: a mãe ou o pai deixa o filho na creche ao chegar para o trabalho e o busca na saída. Isso dá conforto e segurança para todos”, disse.
Atualmente, Campo Grande enfrenta um déficit na oferta de vagas em creches, o que tem impactado diretamente na inclusão de mulheres no mercado de trabalho. A estimativa é que cerca de 8 mil crianças esperam na fila por novas vagas.
Incentivos fiscais e a revisão do Prodes
Beto também ressaltou a necessidade da revisão do Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social (Prodes), afirmando que a legislação atual está ultrapassada. Segundo ele, a burocracia e a insegurança jurídica têm afastado novos investimentos.
“A principal causa de afastamento dos empresários é a burocracia. O licenciamento ambiental, o alvará, o habite-se. A lei do Prodes ficou arcaica”, afirmou, enfatizando ainda que é necessária a discricionariedade do Executivo para conceder incentivos fiscais como ISS e IPTU.
