BETO PEREIRA DEFENDE RENEGOCIAÇÃO DA DÍVIDA DE CUSTEIO E ALERTA SOBRE MEDIDAS FISCAIS PREJUDICIAIS AO SETOR PRODUTIVO

CAPITAL

Campo Grande, 12 de junho de 2024

O deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) pediu atenção ao governo federal pela renegociação da dívida de custeio para o setor produtivo no Brasil, durante seu discurso na tribuna da Câmara Federal, nesta terça-feira (11).

Beto destacou a urgência de intervenção dos ministérios da Agricultura e da Fazenda em resposta às condições climáticas adversas que têm impactado os produtores. Ele apontou a seca severa nas regiões Centro e Sul, juntamente com as chuvas abundantes que causaram uma tragédia no Rio Grande do Sul, como fatores que contribuíram para esse cenário desafiador.

O deputado ressalta que as negociações em curso não são mais suficientes e defende a implementação de uma nova medida que atenda às demandas dos produtores.
“É evidente a urgência de implementar uma nova securitização com juros mais baixos e prazos mais longos no país. Os produtores, o setor produtivo, a agricultura e a pecuária clamam por ajuda”, cobrou Beto.

Ele expressou preocupação com a falta de compreensão do governo sobre essa situação, afirmando que suas ações estão indo contra os interesses do setor produtivo, particularmente ao considerar a reintrodução da oneração da folha de pagamento de forma precipitada.

“Lamentavelmente, o governo parece não compreender essa urgência e não reconhece as necessidades do setor produtivo. É preocupante ver a persistência em retroceder e sobrecarregar novamente a folha de pagamento, contrariando os interesses desse setor essencial para a nossa economia”, disse.

Beto destacou a responsabilidade do Congresso Nacional em relação à MP 1.227/2024, também conhecida como a “MP do Fim do Mundo”. Essa medida, que foi publicada em 4 de junho, impõe restrições ao uso de créditos do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para pessoas jurídicas.

O deputado ressaltou que essa medida representa “um verdadeiro escárnio” diante dos desafios já enfrentados pelos empresários, em meio a outras medidas recentes, como a desoneração da folha de pagamento e a tributação sobre incentivos fiscais.