TERMINAL INTERMODAL DE CARGAS DE CAMPO GRANDE SERÁ GRANDE DIFERENCIAL PARA ROTAS DE INTEGRAÇÃO NOS PRÓXIMOS ANOS

CAPITAL

Campo Grande, 05 de dezembro de 2022

Estudo encomendado pela Prefeitura Municipal junto ao Consórcio Pantanal demonstra que o Terminal Intermodal de Cargas do Município de Campo Grande/MS (TIC-CG) possui viabilidade logística e econômica. Com isso, ele pode se configurar em um fator diferencial para potencializar a transformação econômica que a administração da Capital já vem realizando, impulsionando negócios já instalados no município, atraindo novas oportunidades para diversos setores da economia e geração de emprego e renda para a população não só no âmbito do município, mas estendendo tais potencialidades a todo o Estado de Mato Grosso do Sul.

Com área total de implantação de aproximadamente 617,9 mil m², o TIC-CG compreende uma infraestrutura básica já instalada, sendo 50 mil m² destinados a implantação futura de um possível Porto Seco, que poderá se somar ao Terminal ofertando serviços aduaneiros que ampliem o leque de atrativos. O complexo se localiza na parte sul do anel viário com acesso à malha da Ferrovia Malha-Oeste, atualmente fora de operação.

“Nós entregamos um trabalho para a Prefeitura de Campo Grande sobre a viabilidade econômica do Terminal Intermodal de Carga e do Porto Seco. Esse material contém mais de 600 páginas com levantamentos, orientações, gráficos e muita pesquisa de campo realizada junto à sociedade civil organizada e investidores aqui do Mato Grosso do Sul e de Campo Grande”, conta o economista Luiz Antonio Pagot. O consórcio é formado pelas empresas Deméter Engenharia, FIPE e Felsberg Advogados.

Dentre os diversos cenários e situações simuladas para avaliar a viabilidade técnica do empreendimento, o estudo identificou que existem três linhas de ação que a Prefeitura Municipal poderá adotar para efetivar o TIC-CG e, eventualmente implantar também o Porto Seco, respeitando algumas premissas fundamentais como a reativação da Ferrovia Malha Oeste e observando determinados aspectos de arranjo institucional-legal.

“Esta é uma questão estratégica e isso depende de a União promover a reativação da ferrovia”, complementa o secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), Adelaido Vila.

Carga para movimentar o terminal já tem. O resultado final do estudo identificou que o TIC-CG no contexto atual já possuiria potencial de movimentação de cargas que atingirá 4,99 milhões de toneladas em 2034, compostas principalmente por granéis agrícolas, fertilizantes, granéis líquidos combustíveis e cargas industriais conteinerizadas, enquanto o Porto Seco tem potencial de atingir uma movimentação de cargas de até 175 mil toneladas em 2034.

Com base na movimentação de cargas projetada para o TIC-CG e para o possível Porto Seco de Campo Grande foram definidas cinco áreas operacionais que ocupam aproximadamente 180 mil m² da área de implantação, restando ainda uma área de aproximadamente 185 mil m² não ocupados pelas atividades logísticas do terminal. Para cada área foram dimensionados os investimentos necessários para a implantação da infraestrutura demandada para o atendimento e a movimentação de cargas projetadas.

O Município de Campo Grande apropriando-se dos resultados, já como uma primeira medida no sentido de caminhar no rumo da efetivação do TIC-CG, realizará a formalização de um grupo de trabalho intersecretarial para implementar as ações recomendadas pelo estudo e apoiar a tomada de decisões por parte da municipalidade. A equipe terá ainda a missão de iniciar as tratativas com o Governo Estadual e Federal para viabilizar estas operações nos próximos anos, conforme diretrizes e recomendações contidas nos estudos.

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